sábado, 22 de agosto de 2015

PINTURA MURAL: possibilidades do azulejo com grupo de 5 anos.


"Pintar é libertar-se, e isso é essencial." 
Picasso





A pintura acima foi inspirada na técnica das obras do artista Jackson Pollock.


As pinturas no mural são realizadas em uma parede de azulejo na área externa da escola, para que haja a possibilidade de pintar, lavar e pintar de novo. 

Essa é uma proposta que abre diferentes formas de exploração: pode-se pintar diretamente no mural ou em um suporte colado nele, pintar em pé, agachado, em movimento; pintar com diversos tipos de pincéis, pintar em diferentes formações grupais ou mesmo individual, ter um tema ou ser livre etc. As crianças também aprendem e aprimoram a noção de espaço, de observar suas marcas referentes a suas ações, conhecem novas texturas e materiais.

Para as crianças acima de 4 anos trabalho com as tintas em potinhos e um pincel em cada um deles, orientando-as que o pincel "mora" no potinho e não pode ir para outro ou misturar-se, que eles precisam trocar os potes se quiserem usar outra cor e esperar se outro estiver usando. Pode-se usar copinhos plásticos de requeijão ou reutilizar os próprios potes de guache que acabam, as duas opções são boas porque tem tampa o que facilita não precisar lavar toda vez os recipientes.



Já fiz algumas propostas como: estêncil, pintura com dois suportes separados, pintura com diversos suportes, pintura sem encostar o pincel no azulejo, pintura diretamente no mural, etc.



A pintura acima foi inspirada no processo de criação de arte urbana: o grafite

Essa experiência foi relatada aqui: http://culturainfantilearte.blogspot.com.br/2014/02/o-grafite-das-ruas-na-educacao-infantil.html


A pintura acima foi inspirada na arte do grafite de Carlos Dias.



 A pintura acima foi feita no mural de azulejos e depois exposta no mural da sala.



A pintura acima foi a ambientação do cenário da apresentação do projeto de circo do grupo 4.



A pintura acima foi uma proposta com papel canson A3 e colagem realizada com palito de sorvete.


Utilizava esse espaço uma vez por semana, fiz muitas propostas, mas não salvei todas as fotos. São inúmeras possibilidades.

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*Todos os direitos autorais das imagens e texto reservados para Marcela Chanan. É proibida sua cópia sem autorização prévia. O compartilhamento da publicação na íntegra diretamente do blog (link e via redes sociais) é livre.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

LITERATURA INFANTIL: indicações do mês de agosto

Autor e Ilustrador: Stephen Davies e Christopher Corr
Tradução: Helena Carone
Editora: Pequena Zahar


Ao observar a capa colorida e rica nos detalhes, a ilustração me lembrou a arte NAIF. São casas, animais, estampas e uma cultura maravilhosa para apreciar e aprender. Com certeza as crianças ficarão encantadas com as ilustrações.

Em um cenário alegre e povoado na Àfrica, uma menina tem o desafio de atravessar um caminho cheio de aventuras para levar um pouco de leite para o pai, mas não pode derramar nem uma gota. Com um final surpreendente, todos envolvidos na leitura vão se divertir!

Talvez o fato do narrador conversar com a personagem, desperte algumas questões ou estranhamento por parte dos pequenos ouvintes.

Boa caminhada!


Autora: Silvana Beraldo Massera
 Ilustradora: Silvia Amstalden
Editora: QUATROCANTOS

O início da história me lembrou as crianças que estão aprendendo a escrever com a letra cursiva, talvez porque vivo esse momento com algumas delas.

Uma linha ativa, com vontade própria, sai por aí passeando, explorando e fazendo descobertas. Assim como as crianças, a emoção, o movimento, a curiosidade, a brincadeira, o descanso, a criatividade, o carinho, colocam a linha em aventuras pelo cotidiano na cidade.

Boa leitura em movimento!




Autor: Antoine de Saint-Exupéry
 Tradução: André Telles e Rodrigo Lacerda
Editora: Zahar

Essa é uma edição especial que homenageia 70 anos da morte de Saint-Exupéry. O escritor francês foi aviador e também produziu outras obras.

O pequeno príncipe é um livro reconhecido mundialmente, conquista de crianças a adultos. Com a narrativa cheia de sutilezas e um olhar singular, curioso e contemporâneo, seus trechos são reproduzidos para encantar e representar pensamentos dos apaixonados pela obra e conquistar novos adeptos.

Receber esse livro foi um presente maravilhoso, segurá-lo e folheá-lo foi emocionante: imediatamente levou-me para um outro mundo, cheio de fantasia, de questionamento e de aprendizagem. 

Se você já leu, mesmo assim, confira essa edição. A cada leitura um novo olhar!


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O semanário como instrumento reflexivo do professor

    O cotidiano na escola é complexo e desafiador. Estabelecer uma rotina e lidar com ela podem ser tarefas bastante exigentes para os educadores, que se veem às voltas com dúvidas e dilemas. A definição das atividades, o tempo, o espaço, o registro, a avaliação, são alguns aspectos que devem ser levados em consideração neste contexto, mas nem sempre há muita clareza de como abordá-los e em que momentos abordá-los.[1]

O planejamento semanal, o qual chamo de semanário, prevê o que e como promover as aprendizagens, os objetivos e as propostas com flexibilidade, de forma com que as crianças realmente aprendam e seja uma aprendizagem significativa. Também tem o papel de tornar o trabalho organizado, colaborar com a gestão do cotidiano na sala de aula e a distribuição das áreas de conhecimento na rotina.

O semanário colabora com a preparação dos recursos necessários e ajuda a visualizar as possibilidades; organiza o tempo e o espaço, além de prever os momentos de observação e registros, seja fotográfico ou escrito.

Essa organização da ação educativa é uma prévia ao ensino, permitindo tornar consciente para o professor toda a intencionalidade de cada proposta. É preciso clareza em relação ao que se deseja que as crianças aprendam. Esse planejar supõe um exercício de reflexão, de conseguir antecipar as dificuldades de cada criança, considerando a diversidade entre elas, e fazer as mediações e intervenções necessárias, adaptando-se as necessidades de cada uma. Segundo as autoras BASSEDAS, HUGUET E SOLÉ (1999, p. 113) o planejamento implica “uma reflexão sobre o que se pretende, sobre como se faz e como se avalia”.

Os aspectos organizacionais e de planejamento são essenciais para garantir um trabalho de qualidade. Essas tomadas de decisões são importantes para saber o que se sucederá em sala de aula, são questões dinâmicas que nos proporciona reavaliar a prática a partir dos tempos, espaços, materiais, propostas e encaminhamentos do que tem acertado ou errado.

O planejamento é antecipação do que será posto em sala de aula, considerando que podem acontecer situações inusitadas e como o professor pode aproveitar esse fato interessante que se colocou.

Se o objetivo do planejamento é garantir o desenvolvimento das capacidades das crianças baseado em conteúdos que fazem parte de um documento curricular, é indispensável fazê-lo e garantir a coerência entre o que se pretende e o que de fato se sucede (BASSEDAS, HUGUET E SOLÉ, 1999, p. 113).

Esse planejamento semanal é uma estratégia, um recurso, uma ferramenta do professor para elaborar suas aulas com flexibilidade em relação a possibilidades de escolhas que podem afetar o que havia sido planejado e tudo bem. Algumas situações inusitadas aparecem e é possível aproveitar aquele momento ou inserir no próximo planejamento.

A gestão de sala de aula é fundamental para que o professor dê conta de colocar em prática o que planejou, ter a capacidade de se antecipar e lidar com imprevistos: falta de tempo, aluno atrasado, conflitos, falta de compreensão etc. Segundo Rosaura Soligo em uma reportagem na revista Nova Escola “Ter uma boa gestão da sala de aula ajuda a contornar problemas desse tipo. O professor tem de dar conta do previsto, lidar com o inesperado e administrar a rotina para que todos aprendam”. [2]

Não é uma tarefa simples. Exige do professor organização, dedicação, estudo, registro, troca com a equipe pedagógica e reflexão; exige a consciência da importância dessa tarefa e assim a partir da experiência de sua própria prática e da capacidade de se antecipar, esse fazer se torna cada vez mais aprimorado.

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[1] Pátio Educação Infantil – Desafios do cotidiano pedagógico – Ano II No 4 – Abril/Julho 2004.
[2] Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/gestao-sala-aula-voce-seguro-classe-713785.shtml

sábado, 25 de julho de 2015

LITERATURA INFANTIL: indicações BRINQUE-BOOK do mês de julho




Autor e Ilustrador: Jonny Duddle
Tradução: Gilda de Aquino
Editora: Brinque-book

Esse livro traz uma temática que desperta muito interesse entre as crianças: os dinossauros!

Quatro pequenos dinossauros querem brincar pela floresta e recebem uma orientação das mamães sobre um grande dinossauro que pode engolir todos eles:

-Meu filho, cuidado com o GIGANTOSSAURO, ele é feroz e irado!
Seus pés fazem TUM!
Sua boca faz TCHUM!
E aí, bem ligeiro, ele engole você inteiro!

E assim começa a aventura: desconfiados e atentos, exploram e brincam na floresta até que um dos amigos os chama a atenção.

Com um final surpreendente, uma aba mostra o Gigantossauro em ação!

Nas últimas páginas há informações sobre os dinossauros apresentados na narrativa, sobre o Gigantossauro e uma tabela com os períodos em que surgiram alguns deles.

Boa aventura!




Autor e Ilustrador: Maxwell Eaton III
Tradução: Gabriela Degen Marothy
Editora: Brinque-book



Autor e Ilustrador: Ethan Long
Tradução: Gilda de Aquino
Editora: Brinque-book


Ao receber esses dois livros as capas logo me chamaram atenção: uma por ter um balão de conversa como em quadrinhos e a outra pela ilustração misturar desenhos e objetos reais.

Os livros são parte de uma coleção em capítulos muito interessante. Conta com uma estrutura parecida com a de história em quadrinhos, pois apresenta a narrativa em balões com falas entre dois ou três personagens. As ilustrações são grandes e atrativas.

Logo pensei no processo de alfabetização: as crianças amam quadrinhos e as letras são tanto maiúsculas como minúsculas, atendendo as duas fases. E é ideal para as crianças já querem se arriscar a ler um livro "mais grosso", mas com um texto curto e leve.

Boa experiência!

quinta-feira, 25 de junho de 2015

LITERATURA INFANTIL: indicações do mês de junho


Autora e Ilustradora: Anita Bijsterbosch
Tradução: Camila Werner
Editora: Brinque-book

Um livro gostoso de ler com as crianças pequenas. 

A cada página é possível abrir a aba, fazer o animal bocejar e observar as característica da boca de cada animal. As ilustrações são envolventes e coloridas. Incentivam a participação da criança na tentativa de reconhecer e falar os nomes dos animais. Diversão garantida com um tema que os pequenos vivem diariamente: o cansaço e o sono.

Também é uma ótima opção para as crianças em fase de alfabetização, pois o texto é curto e em letra maiúscula.
Boa leitura!



Texto e Ilustrações: Maté
Editora: Escarlate


A história de Animata, a tagarela, nos apresenta a cultura de um povo da África Ocidental. 

Com belíssimas ilustrações que compõe toda a riqueza da narrativa, as imagens saltam aos olhos: cheias de cores, detalhes e padrões de desenhos.

A personagem retrata as crianças faladeiras e curiosas. Interessadas por tudo e todos. Dentre outras características, podemos reconhecer o pensamento e o comportamento infantil.

Diversos provérbios são citados ao longo do texto, complementando os pensamentos e as conclusões da menina. 

Os costumes e valores desse povo são respeitados e passados de geração em geração. No final do livro há explicações sobre a arte, o glossário e os segredos de Bamana.

Uma rica aprendizagem para compartilhar com as crianças sobre a diversidade cultural presente no mundo todo.




Texto: Alain Serres
Ilustração: Aurélia Fronty
Tradução: André Telles

Editora: Pequena Zahar



Esse livro é um presente! Falar sobre o direito de ser criança com as crianças é uma oportunidade valiosa.

Eu tenho direito de ser criança é um livro colorido, alegre e cheio de crianças de diversas etnias. A cada página o leitor conhece um direito de forma simples e lúdica. 

É uma ótima dica para realizar conversas em sala de aula, ouvir o que as crianças pensam após a leitura e conscientizá-las de seus direitos é muito importante.

A obra traz os princípios básicos da Convenção sobre os Direitos da Criança e trata de aspectos como a saúde, a educação, a proteção, a igualdade racial e o gênero. Além da necessidade de todas as crianças serem respeitadas.

Conteúdo essencial para as famílias e os educadores.



Autor: Pedro Veludo
Ilustração: Murilo Silva
Editora: Quatro Cantos


Premiado pela Revista Crescer, em 2014, entre os 30 melhores livros infantis do ano. Da Guerra dos Mares e das Areias é uma fábula sobre as marés com uma ilustração bem particular que estimula a imaginação. 

Durante a formação do mundo, a natureza se organizou para habitar a Terra, mas os mares e as areias não chegavam a um acordo. De repente, aparece uma concha e faz uma proposta. 

A resolução é espetacular e me trouxe uma memória deliciosa. Uma fábula incrível! Leia e descubra!

domingo, 24 de maio de 2015

Coleção de livros do ELMER


Autor e ilustrador: David McKee
Tradução: Mônica Stahel
Editora: WMF Martins Fontes
 
 
Essa é uma coleção encantadora e divertida, as crianças adoram.
 
Elmer é um elefante xadrez muito simpático e alegre, no primeiro livro, ele se sente diferente dos demais elefantes e tem uma ideia para resolver essa questão, o que será que Elmer inventa?
 
As histórias são cheias de aventuras e humor. Elmer engana os caçadores, salva o primo Wilbur, faz amizade com um monstro, ajuda uma borboleta e resolve os problemas entre os animais, sempre colaborando com sua manada.
 
Em uma parceria com a livraria Era uma vez, os alunos do integral, no qual coordeno, foram convidados a participar de uma contação de história com a Fabiana Pando. Também fizemos uma parceria para colaborar com a decoração da vitrine da livraria, tornando-a mais atraente ao público de leitores.
 






 
 
 


sábado, 16 de maio de 2015

ECO ARTE: UMA PROPOSTA COM A NATUREZA

*Trecho do meu registro do  curso Eco-arte  em 2013 pela OMEP http://www.escolapequenitos.com.br/vid/26-anna-marie-holm-eco-arte.html .




A ideia é brincar com a arte! Mas...
O que é brincar?
O que é arte?
O que é pesquisa?
O que é trabalho?
...não dá para separar cada um. A ideia é da arte como brincadeira, pesquisa, desenvolvimento sensorial e trabalho.
Considere uma nova maneira de se trabalhar com a arte. Sair da mesa e da cadeira e fazer arte fora da sala: corpo livre em movimento gera mais criatividade.
Não é o que queremos que as crianças façam, é o que elas fazem. É na aparente bagunça que encontramos a arte, não precisamos limpar tudo, perfeitamente, quando as crianças terminam.
Leve o ateliê com você, ele não precisa ser um espaço físico, por exemplo, coloque todos os materiais em um carrinho de feira. Leve uma pequena ideia e arrume um lugar cheio de possibilidades para que as crianças tenham o que questionar.
Considere a arte como algo descomplicado, simples, sem excesso de controle e planejamento. O simples, muitas vezes, para o adulto é algo problemático.

Nós podemos encontrar perguntas na prática a partir da observação, da interação e da criação de espaços e propostas diferenciadas,

O mais importante é preparar um espaço que seja rico nas suas possibilidades. Mudar o espaço de lugar da arte, não ficar apenas na sala e no ateliê. Use o ambiente externo, use os materiais da natureza como ferramentas para arte.

Usar a linguagem artística, fazer pesquisa, experimentar. Chegar na essência da arte, pensando nas questões da arte, não nas propostas planejadas e prontas. Experimente com as crianças.


Que materiais usar? Como usar? Procurar materiais artísticos é um processo artístico. Há tantos materiais no mundo. Crie a partir do que você tem e as crianças criam o processo.

Dê oportunidades às crianças: o adulto com a ideia inicial, as crianças improvisam e criam o que desejam.

O educador precisa sair da sua ideia fechada, ir além, sair da sua zona de conforto, estudar, reaprender, fazer arte. Não se fixe em uma ideia, se abra para diálogos com a arte contemporânea.

Deixe a proposta acontecer no tempo das crianças, não interrompa a produção. O educador reclama "Não, não, ainda não começou!", quando a atividade começa?

Não separe o processo artístico do brincar, as crianças não separam, mas os adultos sempre querem separar cada coisa na sua "caixinha".

O que a criança pequena faz, pode não fazer sentido para você, mas é o processo dela, é pesquisa, é brincadeira.

Os ateliês com crianças são assim: todos os dias há uma ideia inicial, que se transforma a partir da interação dos pequenos com os materiais e os spaços.

E não se esqueça: registre tudo, faça um diário, uma coletânea de suas experiências.

Quer saber mais? Dias 29 e 30 de maio, acontece em São Paulo, um curso com a artista e o lançamento de um livro em português.

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