Minha história com a fotografia talvez tenha começado na infância, observando a relação da minha mãe com o fotografar: filhos crescendo e reuniões de família.
Essas fotos sempre me trouxeram grande prazer e quem tem família grande sabe como é. Mil fotografias! Tenho um irmão mais velho, convivi com mais ou menos 10 primos/primas e 8 tios/tias. Isso só de São Paulo, boa parte da minha família é do Paraná.
Lembro de brincar com essa Kodak antiga quebrada. |
Na adolescência sempre andava com uma máquina na bolsa e um filme novo para registrar momentos espontâneos: a diversão com os amigos e as viagens em turma.
Um outro modelo da Kodak que me acompanhou. |
Mais tarde, quando iniciei meu primeiro estágio na área da educação como auxiliar de classe, lembro-me de receber elogios pelas minhas fotos e isso me fez pensar sobre. Continuei a fotografar nas escolas onde trabalhei, mas por documentação, por registro do processo de aprendizagem para complementar os relatórios e mostras de trabalho.
Depois um namorado que fotografava me ensinou a usar uma Nikon profissional e cada vez mais minha paixão pela fotografia aumentava e ganhava novos sentidos.
Já não era um registro do trabalho ou da diversão com os amigos, era um registro mais pessoal do meu olhar sobre cada lugar que visitávamos viajando: Ubatuba, Pindamonhangaba, Campos do Jordão, Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Luiz do Paraitinga, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai, Argentina, Chile e Deserto do Atacama. Além de experimentações/registros caseiros de objetos, momentos, luzes etc.
Já não era um registro do trabalho ou da diversão com os amigos, era um registro mais pessoal do meu olhar sobre cada lugar que visitávamos viajando: Ubatuba, Pindamonhangaba, Campos do Jordão, Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Luiz do Paraitinga, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai, Argentina, Chile e Deserto do Atacama. Além de experimentações/registros caseiros de objetos, momentos, luzes etc.
Também aprendi sobre o olhar dele em relação ao fotografar, o que me influenciou a quebrar aquele mesmo jeito de sempre olhar e enquadrar o que me chamava atenção, inclusive, a me questionar sobre essas escolhas. Assim cresci nas minhas reflexões e cliques, até que no fim de 2012 resolvi comprar minha própria câmera.
Um amigo fotógrafo me ajudou a escolher esse modelo, peguei uns conselhos e com a câmera em mãos, li o manual e me joguei!
Canon T3i, minha atual. |
Os primeiros registros foram viajando sozinha pelo Brasil de mochilão e viagens internacionais de estudo: Minas Gerais, Espirito Santo*, Itália, Londres, Paris, Curitiba, Pará, Maranhão, Ceará e Rio Grande do Norte.
Acredito que o contato com diferentes histórias, culturas, povos, folclores...contribuíram com a construção do meu olhar. De repente estava eu fotografando a arquitetura das cidades, as flores, os animais, os grafites, as pessoas...Ganhei um olhar investigativo. E também comecei a usar o temporizador da câmera para fotografar paisagens que eu queria aparecer e fazer alguns retratos. Meus gatos também foram modelos importantíssimos nesse processo!
Com câmeras de boa qualidade nos celulares, fotografar tornou-se muito mais acessível e faz pouco tempo que uso esse recurso com frequência. Com duas formas de fotografar (câmera e celular) as experiências e reflexões aumentaram: testar, selecionar, apagar, escolher o que registrar...não precisava mais de um motivo para fotografar, o olhar já estava tornando-se poético, singular, autoral.
Ao mesmo tempo meu olhar fotográfico na escola, com o fazer das minhas crianças também cresceu, evoluiu. Tinha um gosto diferente fotografá-las.
Confira a parte 2
Confira a parte 2
http://culturainfantilearte.blogspot.com/2017/03/eu-e-fotografia-um-percurso-na-educacao.html
*Entre uma cidade e outra fui de trem e fotografei o Rio Doce inteiro antes da tragédia
*Entre uma cidade e outra fui de trem e fotografei o Rio Doce inteiro antes da tragédia
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