sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Uma reflexão sobre a mãe, a professora e as necessidades da criança.



Esse texto do Winnicott trouxe questões importantes e centrais para a minha profissão, para essa escolha de trabalhar com as crianças. Na verdade o livro todo vale a leitura.



Um dos aspectos que chamam a reflexão é considerar a família como aliada ao processo da criança na escola. A postura dos educadores em relação às famílias ainda precisa ser muito trabalhada: é comum criticá-las, acreditar que é a professora que sabe o que é bom para as crianças, que normalmente é culpa da família, enfim, situações que dificultam essa relação escola/família e que atrapalham uma parceria com foco no desenvolvimento integral da criança.

O papel da professora, da escola e da mãe está bem claro neste texto. E me parece que a professora deve manter uma postura mais profissional, diferente do que vejo atualmente, entender o seu papel na vida dessa criança, ser parceira dela, estar disponível e estudar, ampliar seus conhecimentos.

Fica claro que (nós educadoras) não somos responsáveis por suprir todas necessidades da criança, não somos substitutas das mães, somente as mães podem desempenhar o papel de mãe: elas têm dentro si a maternagem, o instinto de mãe, não é necessário que saibam tudo antes, mas é necessário que se dediquem ao bebê. Já a professora, precisa sim conhecer sobre o desenvolvimento do bebê e os cuidados para estar com eles.

É necessário considerar que a escola maternal (que atende crianças de 0 a 3 anos) é um espaço onde também é possível ajudar as crianças com questões que não sejam graves: pode-se conseguir recuperar algum fracasso na vida dessa criança, é um lugar que ela necessita dessa assistência materna, de uma continuidade.

A professora precisa de uma boa relação com as mães, manter-se informada sobre a criança, sobre cuidados corporais específicos de cada uma. E todo tipo de cuidado e relação que se estabeleça na escola deve ser de afeto.

Na escola a criança permanece em uma atmosfera diferente do seu lar, nesse espaço há diferentes possibilidades e relações para se construir e a professora precisa compreender sobre os diferentes tipos de brincadeiras e também sobre psicologia. Precisa entender como o bebê se sente, como a mãe se sente ao deixá-lo na escola, os problemas familiares que refletem na criança; precisa entender que é uma parceira da mãe e que a criança percebe esse vínculo, desenvolve confiança na professora e a adaptação pode ser mais tranquila.

O trabalho em equipe, em harmonia e parceria com os demais adultos da escola também se faz extremamente importante na vida de um professor.

Esse texto me trouxe uma reflexão sobre tamanha a responsabilidade e sensibilidade de ser professora da primeiríssima infância.

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